Veículos
1. Capacidade Rentabilizada
A frota do Metro do Porto integra 102 unidades, com capacidade para transportar até 9 mil pessoas por hora e por sentido, nos períodos de maior procura.
Os veículos utilizados são do modelo Eurotram (72 unidades) e do modelo Flexity Swift, ambos fabricados pela Bombardier. O primeiro tem características de metro eminentemente ligeiro e urbano, ao passo que o segundo se destina principalmente a ligações suburbanas e mais prolongadas, dispondo de maior número de lugares sentados.
A configuração de um veículo simples tem um comprimento na ordem dos 35 metros. Os veículos podem ser acoplados em conjuntos de dois, formando composições duplas.
2. Tráfego Fluído
Em média, o Metro permanecerá parado durante 30 segundos nas estações de término e de correspondência e durante 20 segundos nas restantes.
As portas, seis em cada lado de uma composição, foram projectadas para possibilitar a maior rapidez e segurança nos movimentos de entrada e saída. São portas automáticas de uma folha só, dotadas de sistema anti-entalamento, cada qual com 1,35 metros de largura por 1,95 metros de altura.
3. Performance Ecológica
O Metro, movido a electricidade e, por isso, não poluente, pode atingir uma velocidade máxima de 80 quilómetros/hora. É ainda extremamente silencioso quando comparado com o transporte convencional, contribuindo para diminuir os níveis de poluição sonora.
4. Design Moderno
Inspirado nos modelos fabricados pela Bombardier (ex-Adtranz) para Estrasburgo e Milão, o Eurotram do Porto resulta de uma evolução desses veículos, com algumas inovações importantes.
O piso deste veículo é totalmente rebaixado, sem degraus interiores, facilitando o acesso e a circulação. Com um design simultaneamente sóbrio e moderno, no interior do metro predominam o cinzento e o azul, com balaústres amarelos. Os assentos são em tecido de padrão azul, com a concha exterior em cinzento.
5. Conforto e Segurança
O cuidado na selecção e no desenvolvimento dos materiais empregues, no sentido de fazer um veículo extremamente cómodo e seguro, foi uma das prioridades de todo o projecto.
Cada módulo de cabina e de ICM está montado sobre bogies, cada um com quatro rodas independentes. Os salões, por seu turno, estão suspensos, nunca entrando em contacto com os carris. Através desta solução, atinge-se uma óptima inserção em curva e um grande acréscimo de conforto.
Todos os materiais utilizados nos interiores - essencialmente fibra, poliéster e alumínio - são M1F1 cumprem a norma NF F 16-101, isto é, são resistentes ao fumo e ao fogo. A generalidade dos materiais são à prova de vandalismo e todos os equipamentos e cablagens encontram-se instalados no tecto do metro.
O revestimento do piso, com painéis em "ninho de abelha", tem uma enorme resistência e capacidade de isolamento.
Entre outras comodidades, o veículo está equipado com ar condicionado e sistema sonoro, bem como com vários indicadores de destino e de estação, tanto no exterior como no interior. Cada composição tem dois lugares reservados a utilizadores de cadeira-de-rodas.
6. Visibilidade e Isolamento
Cerca de 75 por cento da superfície visível deste veículo é vidrada, conferindo uma excelente visibilidade a todos os passageiros, uma verdadeira janela para a cidade.
Todas as superfícies vidradas foram alvo de um estudo criterioso, sendo ligeiramente fumadas para permitir um significativo isolamento térmico. Por questões de segurança, os vidros frontais são laminados (não estilhaçam e são capazes de resistir intactos ao impacto de um projéctil de 1 kg a 80 km/h), e os laterais são temperados.
7. Inovação Tecnológica
O Metro do Porto é o primeiro veículo ferroviário português onde o RAMS (Reliability, Availability, Maintainability and Safety) foi introduzido.
Concebido em Itália, em Inglaterra e em Portugal, totalmente montado no nosso país, nas instalações da Bombardier na Amadora, este é o mais recente veículo de metropolitano ligeiro a ser produzido na Europa e incorpora as mais avançadas soluções tecnológicas:
A canópia (painel frontal da cabina de condução), foi desenvolvida em Portugal pelo Gabinete do Metro do Porto da Bombardier, constituindo, em conjunto com o vidro frontal convexo, uma peça de linhas aerodinâmicas e muito agradáveis.
Os convencionais espelhos retrovisores foram substituídos por duas câmaras de retrovisão, colocadas no cimo da cabina e controladas pelo condutor através de monitores próprios.
Em todas as estações várias câmaras de vídeo controlam todas as operações.
8. Construção Modular
Cada composição, ou unidade, do Metro é constituída por sete módulos, que formam o conjunto cabina, salão, ICM (módulo de intercomunicação), salão, ICM, salão e cabina - uma composição tem uma cabina em cada extremo. Utilizando duas unidades acopladas, como sucede nos dias úteis de funcionamento, as cabinas interiores são desactivadas, não sendo possível circular entre as duas composições. Nos salões, os assentos estão instalados nos sentidos da marcha, sendo que os módulos de intercomunicação existem bancos laterais.
No fabrico de cada composição, cujo peso total é de 40,5 toneladas, são usados mais de 4 mil artigos.