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a vida de movimento

Sistema Metro do Porto

Requalificação urbana

O Metro ligeiro de superfície da Área Metropolitana do Porto foi desenvolvido para combinar as vantagens do funcionamento dos sistemas de metro convencionais, com as vantagens da acessibilidade e do conforto emocional do transporte público de superfície. E é o facto de se ter desenvolvido para interagir directamente com a cidade que faz com que haja uma fortíssima componente de integração urbana que ultrapassam os aspectos arquitectónicos das infra-estruturas do próprio sistema.

No caso da rede do Metro do Porto, os mais de 60 quilómetros de traçado da primeira fase, que são, por si só, um grande desafio em termos de dimensão global do projecto, têm a particularidade de integrar três tipos de abordagens distintas. Temos, fundamentalmente, o traçado de superfície em cidade, típico dos outros sistemas de metro ligeiro, requalificando e reabilitando ruas, avenidas e praças, abrindo de raiz novas vias estruturantes.

Onde a implementação deste tipo de traçado não é fisicamente possível, devido a características morfológicas do terreno ou ao desenho das vias pré-existentes (designadamente nas zonas históricas e de elevada concentração de património edificado), a solução passou pela execução do traçado subterrâneo típico dos sistemas de metro convencionais, onde também se produz acções de requalificação urbanística, como a "baixa" do Porto, por exemplo. Temos ainda um traçado de superfície de carácter suburbano, porventura quase rural, e que surge por via do aproveitamento dos antigos canais ferroviários das linhas da Póvoa e da Trofa.

É aqui que o papel de Eduardo Souto Moura, enquanto arquitecto chefe dos projectistas, se revela fulcral e decisivo. Para além das suas próprias e reconhecidas qualidades como arquitecto, Souto Moura tem demonstrado e induzido nos restantes projectistas, também eles de grande qualidade, uma capacidade de diálogo onde o objectivo é sempre a solução e não o problema.

O Metro do Porto, mais do que um novo e moderno meio de transporte público, é igualmente um tónico e um impulsionador para se recuperar e fazer território, para se fazer e recuperar paisagem, para se fazer e recuperar cidade. E é isso que torna este projecto tão apaixonante.