Novo interface do S. João vai “acelerar” Linha Amarela
Novo interface do S. João vai “acelerar” Linha Amarela

Investimento de 3 milhões de euros renova pólo intermodal do Hospital de S. João (cria lojas Andante no Hospital e no Pólo Universitário)
A Metro do Porto acaba de lançar o concurso público para a remodelação do términos Norte da Linha Amarela (D), numa intervenção que envolve a construção de um interface coberto na Estação Hospital de S. João, incluindo duas lojas Andante, uma nesta estação, outra na estação do Pólo Universitário. Trata-se de um investimento de 3 milhões de euros, suportado pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Acção Climática, no âmbito do PEES (Programa de Estabilização Económica e Social), e pela Câmara Municipal do Porto. A intervenção, projectada pelo arquitecto Adalberto Dias e resultante da articulação com o município para a renovação do pólo intermodal do Hospital de S. João, tem um prazo de seis meses.
Os candidatos à execução da obra devem entregar as suas propostas até 29 de Março. Pretende-se que os trabalhos se iniciem ainda no segundo trimestre, por forma a rentabilizar este período de menor procura e que decorre da pandemia e das restrições à circulação que estão de momento em vigor. Por outro lado, o objectivo é fazer coincidir a disponibilização dos novos equipamentos com o arranque de um novo ano lectivo no ensino superior, previsivelmente em Outubro deste ano. O novo interface do Hospital de S. João, para além de uma verdadeira Loja Andante e de uma cafetaria, disponibilizará as melhores condições para a ligação entre a Linha Amarela e os autocarros da STCP, num espaço coberto e confortável para os clientes, mas também para os trabalhadores dos diversos operadores de transportes que ali operam, substituindo instalações provisórias há muito aí instaladas. No Pólo Universitário, o projecto contempla uma nova Loja Andante, igualmente com cafetaria, na alameda situada entre os acessos à Estação de Metro e próximo à entrada principal do I3S.
Este é um projecto cujo impacto não se limita à significativa melhoria das condições de conforto e ao incremento da intermodalidade na zona do Hospital e do Pólo da Asprela. A intervenção terá consequências relevantes em toda a extensão da Linha Amarela, cuja operação regular poderá aumentar dos actuais 11 para uns futuros 16 veículos por hora e sentido. Este aumento de quase 50 por cento traduz-se numa melhoria directa das frequências de circulação ao longo do percurso que liga o Hospital de S. João a Santo Ovídio (e posteriormente, com a empreitada de prolongamento da linha, também a Vila d’Este).
Conhecida como “a linha das linhas” (dado que representa mais de um terço da procura total da rede), o grande eixo Norte-Sul do Metro do Porto ganhará maior capacidade (para servir até cerca de 15 mil clientes/hora) e melhores frequências (podendo ir até intervalos de 3 minutos e meio entre veículos).