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Notícias do Metro do Porto

Nova ponte sobre o Douro já tem projectistas

18 Outubro 2021

Nova ponte sobre o Douro já tem projectistas

Obra ficará concluída até final de 2025 e será feita ao abrigo do PRR


As candidaturas da Prof. Edgar Cardoso - Engenharia e Laboratório de Estruturas, Lda, da Coba – Consultores de Engenharia e Ambiente, S.A. e da Betar Consultores foram as seleccionadas na primeira fase do Concurso Público Internacional de Concessão para Elaboração dos Projectos de Execução da Ponte sobre o Rio Douro entre as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia. A cerimónia que serviu para anunciar os três vencedores deste concurso decorreu nas instalações da Metro do Porto na presença do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e dos presidentes das câmaras municipais do Porto e de Vila Nova de Gaia, Rui Moreira e Eduardo Vítor Rodrigues.


O projecto da Prof. Edgar Cardoso - Engenharia e Laboratório de Estruturas, primeiro classificado nesta fase, apresentou uma estimativa orçamental para a realização da empreitada no valor de 50,5 milhões de euros. A proposta consiste, em resumo, na construção de uma ponte com um pórtico com escoras inclinadas, feita integralmente à base de betão e com um perfil longitudinal a uma altura superior à da Ponte da Arrábida, de modo a não constituir um obstáculo visual.

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A Coba Consultores, que ficou no segundo lugar, deu a conhecer uma solução que se notabiliza, sobretudo, pela construção de um arco com pilares metálicos e que teria uma extensão total de 190 metros de comprimento. O custo estimado para a consecução deste projecto seria de 62,8 milhões de euros.

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Por fim, no terceiro posto, a proposta da Betar Consultores reside na construção de um pórtico de pilares inclinados e assimétricos nas margens, sendo o tabuleiro construído num misto de betão e aço. O valor estimado de toda esta obra será de 69,2 milhões de euros.
Tiago Braga, presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, esclareceu que o júri do concurso para a nova ponte recebeu um total de 28 projectos diferentes e que a adjudicação da proposta final, entre as três já anunciadas, será conhecida no próximo dia 7 de dezembro. Antes disso, conforme também explicou Tiago Braga, serão feitos os convites às três entidades vencedoras para apresentação das respetivas propostas já no dia 3 de novembro. Depois, a 18 de novembro, serão entregues as referidas propostas e, finalmente, no dia 30 do mesmo mês será publicado o relatório de avaliação do júri.

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Segundo o presidente da Metro do Porto, a proposta escolhida “terá de estar em execução o mais rapidamente possível, de modo a que a 31 de dezembro de 2025 tenhamos a estrutura em funcionamento”. Tiago Braga acrescentou ainda que os critérios de seleção para a adjudicação obedecem a três parâmetros concretos: a qualidade do trabalho de conceção (50%); o preço (20%), que terá de ficar sempre abaixo dos 70 milhões de euros; e o prazo de execução dos trabalhos (30%).


João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e da Ação Climática, fez questão de deixar bem patente o seu entusiasmo pela obra que se avizinha. “Hoje é um dia muito importante para o Porto e para Gaia. Este foi o mais desafiante concurso de pontes que houve no mundo e vamos ter uma magnífica ponte”, afirmou Matos Fernandes.


Os autarcas dos concelhos que vão receber esta infra-estrutura também se mostraram satisfeitos com os projectos apresentados. “Todas estas propostas me parecem adequadas em relação à expectativa que têm as nossas populações relativamente a uma ponte que é mais do que uma ponte”, assinalou Rui Moreira. “Qualquer uma das soluções mantém a tradição de termos sobre o Rio Douro não pontes, mas verdadeiras e icónicas obras de arte que valorizam as duas cidades”, salientou Eduardo Vítor Rodrigues.


A ponte a desenvolver vai ligar o Campo Alegre, no Porto, ao Candal, em Gaia, sendo parte obrigatória de uma nova linha de Metro que, por seu turno, ligará as estações da Casa da Música e de Santo Ovídeo. Tanto a ponte como a linha serão financiadas pelos fundos previstos no PRR (Plano de Recuperação e Resiliência).