20 anos do concretizar de um sonho

Caros(as) utentes,

O sonho que, na opinião de muitos, era impossível de concretizar, tornou-se real há exactamente 20 anos: o Sistema de Metropolitano da Área Metropolitana do Porto entrava em acção. Na altura, através da Linha Azul (A), que funcionava entre as estações do Senhor de Matosinhos e da Trindade. Muito mais se seguiria.

Para trás ficaram tempos de incerteza e obras colossais que desafiavam a morfologia dura, granítica e heterogénea do subsolo do Porto. Mais resistente revelou-se, no entanto, a perseverança e resiliência de todos os responsáveis envolvidos neste grande projecto, inclusive antes da fundação da Metro do Porto, S.A., em 1994. O know-how e a tecnologia ao dispor, com a poderosa tuneladora ‘micas’ em destaque, trataram do resto.

Entre a abertura formal do primeiro estaleiro de obra, em Campanhã, no ano de 1999, à inauguração da Estação VC Fashion Outlet – Modivas (a última a ser criada), em 2017, a rede de Metro foi-se estendendo ao longo de 67 km’s (dos quais 7,7 km’s em túnel) e 82 estações. A Linha Azul ganhou a companhia de mais cinco: a Linha Vermelha (B), a Linha Verde (C), a Linha Amarela (D), a Linha Violeta (E) e a Linha Laranja (F). Ao Porto e a Matosinhos juntaram-se os municípios de Vila Nova de Gaia, Maia, Gondomar, Vila do Conde e Póvoa de Varzim.

Naquilo que realmente importa, o impacto directo na vida dos cidadãos, o Metro do Porto registou um total de mais de 952 milhões de validações. 2019 foi o ano recorde, com 71,5 milhões. Este ano contabilizaram-se mais de 53 milhões até Outubro, um número já próximo do averbado antes da pandemia, em igual período de tempo. Também por causa do Metro, houve menos 12 mil automóveis a circular diariamente, com o que isso representa em termos de ganhos na mobilidade e, por inerência, no bem-estar das populações. Não admira, pois, que o último inquérito realizado aos nossos clientes tenha revelado uma percentagem de 85,6% de satisfação com o serviço em geral.

Do ponto de vista ambiental, os dividendos a reter são igualmente eloquentes. Graças à utilização do Metro, que fez o transporte público percorrer já 125 milhões de km’s, houve 55 mil toneladas anuais de CO2 que deixaram de ser emitidas. O Metro do Porto, de resto, criou mais de 200 mil metros quadrados de áreas verdes e mais de 5 mil árvores plantadas no âmbito de obras de requalificação urbana complementares à rede.

Mas se estes 20 anos nos enchem de orgulho e de regozijo pelos resultados atingidos, é no futuro que se encontra o centro das nossas atenções. Em breve, estarão em actividade a nova Linha Rosa (G), de São Bento/Liberdade até à Casa da Música (II) e a extensão da Linha Amarela, de Santo Ovídio a Vila d’Este. De igual modo, iniciar-se-ão os trabalhos para a construção da Linha Rubi – a nova linha de Gaia, que irá unir a Casa da Música a Santo Ovídio e implicar a construção de uma nova ponte sobre o Douro – e do Metrobus, da Boavista até à Praça do Império e à Rotunda da Anémona.

Às pessoas que vieram e às que partiram entretanto, às que vão e vêm e às que hão-de vir só nos resta uma palavra de agradecimento e a garantia de que vamos continuar a servi-las em cada estação das suas vidas.

Um forte abraço do vosso fiel companheiro,

Metro do Porto