Dois concorrentes a fornecer autocarros e fábrica de hidrogénio para o metroBus do Porto
Dois concorrentes a fornecer autocarros e fábrica de hidrogénio para o metroBus do Porto

Concluído o prazo (a 21 de agosto) para a entrega de propostas no âmbito do Concurso Público Internacional para o Fornecimento e Manutenção de Veículos BRT (Bus Rapid Transit), Projetos e Infraestruturas de Produção de Hidrogénio Verde e de Energia Elétrica de Fonte Renovável, a Metro do Porto procedeu à formalidade de abertura das propostas, verificando-se a existência de dois concorrentes:
O consórcio formado pelas empresas
PRF – Gás, Tecnologia e Construção, SA; CAETANOBUS – Fabricação de Carroçarias, SA; BrightCity, SA; DST SOLAR, SA; DOUROGÁS NATURAL – Comércio de Gás Natural e Energia, SA
e a
CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A.
O preço base deste concurso é de 27,48 milhões de euros, sendo que, para além da aquisição de 12 autocarros articulados movidos a hidrogénio verde para as duas linhas do metroBus (Boavista – Império, já em construção, e Boavista – Anémona, cujo concurso será lançado muito em breve), o procedimento inclui a manutenção dos veículos e a execução (e manutenção) das infraestruturas técnicas de produção de hidrogénio verde e de energia elétrica de fonte renovável. Refira-se que o posto de fornecimento de hidrogénio é suposto vir a alimentar igualmente outros veículos para além do material circulante do metroBus.
O júri do concurso encontra-se desde já a proceder à análise das propostas, de modo a apresentar oportunamente ao Conselho de Administração da Metro do Porto o relatório de avaliação das mesmas e propor uma adjudicação.
O investimento global da Metro do Porto no sistema de metroBus cifra-se em 66 milhões de euros e é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) - NextGenerationEU.
O metroBus.
O novo modo de transporte combina a eficácia, pontualidade e fiabilidade já conhecidas do Metro com a flexibilidade e o conforto da última geração em autocarros ecológicos. Alimentados a hidrogénio, os veículos do metroBus não produzem emissões poluentes, sendo um imenso contributo para a neutralidade carbónica e para o cumprimento das metas das Nações Unidas. Os estudos de procura apontam para mais de 9 milhões de clientes no primeiro ano de operação, dos quais 4 milhões serão conquistados ao transporte individual.
Com prioridade sobre todos os outros modos de transporte (através de um sistema de semaforização inteligente), um canal exclusivo na Avenida da Boavista e um canal partilhado na Marechal Gomes da Costa, integrado no sistema de bilhética Andante, o metroBus do Porto está alinhado com a tendência de futuro em importantes cidades europeias no que toca a mobilidade sustentável.
A grande vantagem competitiva do metroBus é a rapidez e o fator fiabilidade no cumprimento escrupuloso de horários. A ligação Boavista – Império vai demorar apenas 12 minutos e a viagem entre a Boavista e a Anémona terá uma duração de 17 minutos. Tempos de viagens muitíssimo vantajosos na comparação com outras alternativas e especialmente com o automóvel para duas linhas que estarão em operação a partir do verão de 2024.