MetroBus de Nantes é o exemplo a seguir no Porto

A Metro do Porto organizou uma viagem à cidade francesa de Nantes que serviu para perceber e ver ao detalhe como funciona o modelo de transportes públicos local, gerido pela operadora Semitan (a autoridade público-privada de transportes da região metropolitana). O metroBus (ali com a designação de Busway e existente desde 2006) foi o grande protagonista desta visita, chamando a atenção pela sua sustentabilidade energética e ambiental, capacidade em termos de operação e cariz intermodal devido à forma como se conjuga na perfeição com outros modos de transporte, designadamente o Chronobus e o Metro ligeiro.

Ou seja, trata-se de algo também fomentado nos últimos anos na Área Metropolitana do Porto e que, com a chegada do metroBus, se vai tornar ainda mais expressivo. Na comitiva estiveram membros da Metro do Porto, da STCP, da Câmara Municipal do Porto e de vários meios de comunicação social nacionais que puderam constatar no local a eficiência do sistema. Conforme referiu Tiago Braga, presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, “o objetivo foi verificar o funcionamento e a eficácia do metroBus numa metrópole europeia”.

O presidente da Metro do Porto assinalou também que "o metroBus, nesta cidade, assume um índice de satisfação dos clientes [94,5%] superior ao do próprio Metro”. Além disso, prosseguiu Tiago Braga, “a velocidade comercial que eles têm aqui, em média, é inferior à que nós temos, em termos de projeto, no nosso”. Em Nantes, existem duas linhas de metroBus onde os veículos operam com uma velocidade comercial normal de 21 km’s por hora, enquanto no Porto o mesmo indicador aponta para os 22 km’s. Estas composições possuem ainda espaço para 115 pessoas e asseguram uma frequência de passagem de menos de três minutos nas horas de ponta.

Stéphan Bis, diretor adjunto da Semitan, salientou o sucesso que esta modalidade de transporte tem feito naquele município gaulês. “Os nossos clientes, claramente, preferem o metroBus como meio de transporte. É mais confortável, rápido e eficiente”, declarou. O responsável da empresa francesa destacou igualmente a importância de um regime de mobilidade que permita a interligação entre diversos meios: “Quando há pouco espaço, é necessário ser muito criativo, por isso precisamos de fazer compromissos entre os diferentes modos: carro, transportes públicos e bicicleta".